Baixa reserva ovariana: em quais alimentos investir?

Saiba quais alimentos podem ser benéficos para quem tem uma baixa reserva ovariana

A baixa reserva ovariana é uma condição em que os ovários têm um número reduzido de óvulos disponíveis, o que pode afetar a fertilidade feminina.

Nesse sentido, enquanto fatores genéticos desempenham um papel significativo na determinação da reserva ovariana, há evidências crescentes de que certos hábitos alimentares podem influenciar a saúde reprodutiva!

Sendo assim, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes essenciais é fundamental para a saúde geral e pode também desempenhar um papel na saúde reprodutiva.

Tenho uma baixa reserva ovariana. Em quais alimentos devo investir?

Aqui estão alguns alimentos que podem ser benéficos para mulheres com baixa reserva ovariana:

Cúrcuma

A cúrcuma é uma especiaria amplamente utilizada na culinária e conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Assim, tem sido objeto de interesse crescente no contexto da saúde reprodutiva, incluindo a baixa reserva ovariana.

Embora não haja estudos específicos sobre os efeitos diretos da cúrcuma na reserva ovariana, sua substância ativa, a curcumina, é conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.

Essas propriedades podem potencialmente beneficiar a saúde reprodutiva, reduzindo a inflamação nos tecidos ovarianos, protegendo contra danos oxidativos e possivelmente influenciando os níveis hormonais.

No entanto, são necessárias mais pesquisas para confirmar esses efeitos e entender melhor como a cúrcuma pode afetar a saúde dos ovários. 

Gengibre

O gengibre é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e reguladoras hormonais, que podem potencialmente beneficiar a saúde reprodutiva, incluindo a baixa reserva ovariana.

Afinal, suas propriedades anti-inflamatórias podem ajudar a reduzir a inflamação nos tecidos ovarianos, enquanto seus antioxidantes podem proteger contra danos oxidativos que afetam a saúde dos ovários.

Além disso, o gengibre tem sido associado à regulação dos níveis hormonais, incluindo estrogênio e progesterona, que desempenham um papel importante na saúde reprodutiva.

No entanto, a pesquisa sobre os efeitos do gengibre na baixa reserva ovariana é limitada e mais estudos são necessários para confirmar seus benefícios. 

Chia

A chia, uma pequena semente com grandes benefícios, pode desempenhar um papel importante na saúde reprodutiva, incluindo a reserva ovariana. Rica em ácidos graxos ômega-3, como o ácido alfa-linolênico (ALA), a chia oferece propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação nos tecidos ovarianos, promovendo uma melhor função ovariana, favorecendo a produção de progesterona pelo corpo lúteo.

Além disso, suas fibras solúveis e insolúveis ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue e hormonais, contribuindo para uma saúde reprodutiva equilibrada.

As proteínas e aminoácidos presentes na chia são essenciais para a regulação hormonal, enquanto os minerais como cálcio, magnésio e zinco são importantes para a saúde dos ovários. 

Frutas vermelhas

As frutas vermelhas, como morangos, framboesas, amoras e mirtilos, são pequenos tesouros nutricionais que podem desempenhar um papel positivo na saúde reprodutiva e na reserva ovariana.

Por exemplo: essas frutas são carregadas com antioxidantes, como vitamina C e flavonoides, que ajudam a neutralizar os radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo nos ovários e promovendo uma função ovariana saudável.

Além disso, as frutas vermelhas são ricas em fibras, que podem ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue e os hormonais, fatores importantes para a saúde reprodutiva.

Seu conteúdo vitamínico e mineral, incluindo vitaminas do complexo B e minerais, também contribui para a regulação hormonal e a saúde ovariana.

Embora não haja evidências diretas sobre os efeitos das frutas vermelhas na reserva ovariana, sua inclusão em uma dieta equilibrada e saudável pode ser benéfica para promover a saúde reprodutiva e potencialmente proteger a função ovariana ao longo do tempo.

Vegetais verde-escuros

Os vegetais verde-escuros, como espinafre, couve, brócolis e couve-de-bruxelas, são altamente nutritivos e oferecem benefícios significativos para mulheres com baixa reserva ovariana.

Eles são ricos em ácido fólico, essencial para a formação adequada dos óvulos e prevenção de defeitos no tubo neural em bebês. Além disso, esses vegetais são fontes importantes de ferro, cálcio e magnésio, minerais essenciais para a saúde reprodutiva, regulação hormonal e saúde óssea.

Seu alto teor de antioxidantes, como vitaminas A, C e E, ajuda a reduzir o estresse oxidativo nos tecidos ovarianos, promovendo uma melhor função ovariana e protegendo os óvulos. A fibra presente nesses vegetais também contribui para a saúde digestiva e regulação dos níveis de açúcar no sangue, importantes para o equilíbrio hormonal.

Portanto, incluir vegetais verde-escuros na dieta pode ser uma estratégia nutricional eficaz para apoiar a fertilidade em mulheres com baixa reserva ovariana.

Cálcio

O cálcio desempenha um papel vital na saúde reprodutiva das mulheres. Ele influencia processos como a quimiotaxia (movimento direcionado dos espermatozoides em direção ao óvulo) e a ativação oocitária, essenciais para a fertilização e desenvolvimento dos óvulos.

Além disso, o magnésio, em conjunto com o cálcio, regula o equilíbrio intracelular de cálcio, contribuindo para a função ovariana adequada e a regulação hormonal.  

Além do cálcio, o magnésio, presente em nozes, sementes, legumes e grãos integrais, regula o cálcio intracelular, enquanto o potássio, encontrado em bananas, batatas e abacates, influencia o potencial de membrana celular necessário para a quimiotaxia.

As vitaminas do complexo B, provenientes de carnes magras, peixes, ovos e vegetais, são essenciais para a saúde reprodutiva, incluindo processos celulares.

A vitamina D, obtida de peixes gordurosos, gema de ovo e alimentos fortificados, regula o cálcio, enquanto antioxidantes, presentes em frutas, vegetais coloridos, nozes, sementes e chá verde, protegem as células reprodutivas contra danos oxidativos. Incluir uma variedade desses alimentos na dieta é fundamental para garantir a ingestão adequada desses nutrientes e apoiar a saúde reprodutiva.

O papel dos antioxidantes para mulheres com baixa reserva ovariana

Os antioxidantes desempenham um papel fundamental na saúde reprodutiva, especialmente para mulheres com baixa reserva ovariana. Afinal, os antioxidantes atuam neutralizando os radicais livres e reduzindo esse estresse oxidativo, protegendo os óvulos e promovendo uma função ovariana mais saudável.

Além disso, eles podem melhorar a qualidade dos óvulos, reduzir a inflamação nos tecidos ovarianos e ajudar a regular os níveis hormonais, o que é crucial para a ovulação e a função ovariana.

Embora não haja evidências específicas sobre a relação direta entre a beta-criptoxantina e a reserva ovariana, os carotenóides, incluindo a beta-criptoxantina, são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que podem beneficiar a saúde reprodutiva.

Eles ajudam a neutralizar os radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo nos ovários e potencialmente promovendo uma função ovariana saudável.

Portanto, consumir alimentos ricos em beta-criptoxantina, como frutas e vegetais de cor laranja, como mamão, cenoura, abóbora e pimentão, pode ser uma estratégia nutricional para apoiar a saúde reprodutiva. Mas, mais pesquisas são necessárias para entender completamente seu papel específico na reserva ovariana.

E a saúde intestinal?

O cuidado com a saúde intestinal desempenha um papel importante na baixa reserva ovariana, afetando a absorção de nutrientes e a regulação hormonal.

Certamente, um intestino saudável é essencial para a absorção adequada de nutrientes, como vitaminas e minerais, que são essenciais para a função ovariana.

Além disso, o intestino desempenha um papel na produção de hormônios e abriga uma grande parte do sistema imunológico, influenciando assim a regulação hormonal.

Portanto, promover a saúde intestinal através de uma dieta rica em fibras, alimentos fermentados e hidratação adequada, juntamente com a prática regular de exercícios, pode melhorar a função ovariana e ajudar a lidar com a baixa reserva ovariana.

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