A obesidade pode atrapalhar a fertilidade para quem busca engravidar? Leia mais.
A obesidade pode ter um impacto significativo na fertilidade e na saúde reprodutiva de casais que buscam engravidar. E isso acontece devido a uma série de fatores relacionados ao excesso de peso.
Como a obesidade pode afetar a fertilidade feminina?
Uma vez que a obesidade pode levar a desequilíbrios hormonais, como a resistência à insulina e aumento dos níveis de hormônios sexuais (como o estrogênio, causando maior risco de anovulação, que é a ausência de ovulação), ela afeta a regularidade do ciclo menstrual na mulher.
Além disso, a obesidade também está ligada na mulher ao desenvolvimento da SOP (Síndrome do Ovário Policístico). Essa é uma condição hormonal que pode causar irregularidades menstruais e dificuldades para engravidar.
Dessa forma, mulheres com obesidade têm maior probabilidade de ter óvulos de menor qualidade, o que pode levar a taxas mais baixas de fertilização bem-sucedida e aumento do risco de aborto espontâneo.
E para o homem? A obesidade pode afetar a fertilidade também?
Já em relação ao homem, a produção de testosterona, principal hormônio sexual masculino, desempenha um papel crucial na regulação da função reprodutiva.
Sendo assim, a obesidade pode perturbar esse equilíbrio hormonal, já que excesso de tecido adiposo, principalmente na região abdominal, está associado a maior conversão de testosterona em estrogênio por meio da enzima aromatase.
Esse desequilíbrio hormonal pode levar a níveis reduzidos de testosterona e, por sua vez, afetar a fertilidade masculina.
Além disso, a obesidade também está ligada a resistência à insulina, na qual as células do corpo não respondem adequadamente à insulina. Sendo assim, pode contribuir para uma diminuição da produção de testosterona nos testículos, agravando ainda mais os problemas hormonais.
A espermatogênese, processo contínuo de produção de espermatozoides nos testículos, também pode ser prejudicada pela obesidade.
De acordo com estudos, a obesidade pode resultar em um ambiente testicular desfavorável, incluindo aumento da temperatura escrotal e inflamação crônica, ambos prejudiciais para a produção e qualidade dos espermatozoides.
Além disso, o aumento da temperatura escrotal devido ao excesso de gordura abdominal pode interferir na produção adequada de espermatozóides, uma vez que os testículos precisam de um ambiente ligeiramente mais frio.
A inflamação crônica associada à obesidade pode desencadear a liberação de citocinas inflamatórias que afetam negativamente a saúde das células testiculares envolvidas na espermatogênese.
Como resultado, poderá correr uma produção reduzida de espermatozóides e também impactar a motilidade e a morfologia dos mesmos, reduzindo assim as chances de fertilização bem-sucedida.
Como combater esses problemas?
Para combater esses problemas e melhorar a fertilidade, é recomendado adotar um estilo de vida saudável, incluindo:
Perda de peso gradual
Para muitas mulheres e homens com obesidade, perder peso pode melhorar a saúde reprodutiva. Portanto, consultar um profissional de saúde para criar um plano de perda de peso sustentável é importante.
Dieta balanceada
Optar por uma dieta rica em nutrientes, com uma variedade de frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais, pode ajudar a regular os hormônios e melhorar a saúde em geral.
Atividade física
A fim de aumentar de melhorar a função hormonal, aumentar a sensibilidade à insulina e promover a perda de peso, incorporar exercícios regulares na rotina pode ser uma ótima iniciativa.
Consulta médica
Casais que estão planejando engravidar devem consultar um médico antes de fazer mudanças significativas em sua dieta ou nível de atividade física, especialmente se tiverem condições médicas subjacentes.